Estudo do Sono em Adolescentes: Até Pequenas Diferenças Impactam as Habilidades Cognitivas

Editado por: Elena HealthEnergy

Um estudo recente destaca o impacto significativo de até mesmo pequenas variações na duração do sono nas habilidades cognitivas dos adolescentes. Pesquisadores descobriram que pequenas diferenças nos padrões de sono podem afetar notavelmente o desempenho mental.

O estudo, envolvendo mais de 3.000 adolescentes, revelou que aqueles que iam para a cama mais cedo e dormiam mais tempo demonstraram melhor desempenho em testes cognitivos. Este grupo também exibiu as frequências cardíacas mais baixas durante o sono, indicando um descanso mais saudável.

De acordo com as descobertas, o grupo com os hábitos de sono mais consistentes superou os outros em testes mentais que avaliam leitura, vocabulário e habilidades de resolução de problemas. Exames cerebrais sugeriram que este grupo tinha maiores volumes cerebrais e função cerebral aprimorada. Os dados foram coletados e analisados do 'Estudo do Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro Adolescente' (ABCD), um estudo em larga escala e de longo prazo sobre saúde infantil e desenvolvimento cerebral nos EUA, por pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Fudan. O estudo monitorou os padrões de sono usando relógios Fitbit.

Embora mesmo os adolescentes com os hábitos de sono mais saudáveis frequentemente dormissem menos do que as oito a dez horas recomendadas, o estudo ressalta que até mesmo pequenos aumentos na duração do sono podem levar a melhorias mensuráveis. Especialistas como a professora Barbara Sahakian da Universidade de Cambridge enfatizam a importância do sono para a consolidação da memória e recomendam exercícios regulares e evitar o tempo de tela antes de dormir para melhorar a qualidade do sono. O professor Colin Espie da Universidade de Oxford sugere incorporar a educação sobre saúde do sono nos currículos do ensino médio para abordar questões como o 'jet lag social'.

O professor Gareth Gaskell da Universidade de York defende mais estudos de intervenção para ajudar adolescentes com distúrbios do sono, sugerindo que mudanças simples, como gerenciar o tempo de tela, podem impactar positivamente a duração e o tempo do sono.

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