O Reino Unido anunciou sanções contra três unidades da agência de inteligência militar russa, a GRU, e 18 de seus oficiais, em resposta a uma campanha contínua de atividades cibernéticas maliciosas e ameaças híbridas. As medidas visam indivíduos e unidades responsáveis por desestabilizar a Europa e minar a soberania da Ucrânia.
As unidades da GRU sancionadas incluem a Unidade 26165, implicada no reconhecimento online para ataques de mísseis, incluindo o ataque ao Teatro Mariupol em 2022. A Unidade 26165 também teve como alvo o dispositivo de Yulia Skripal com malware em 2013. A Unidade 74455 está envolvida em intrusões cibernéticas visando instituições ocidentais. A Unidade 29155 é conhecida por operações cibernéticas visando a Ucrânia.
O Secretário de Estado para Assuntos Externos, David Lammy, afirmou que a GRU está executando uma campanha para desestabilizar a Europa e ameaçar os cidadãos britânicos. As sanções também visam a "Iniciativa Africana", uma organização apoiada pela Rússia que conduz operações de informação na África Ocidental.
Em resposta a essas ameaças, o Reino Unido está investindo em tecnologias inovadoras para fortalecer sua defesa cibernética. Isso inclui o desenvolvimento de sistemas de detecção de intrusão baseados em inteligência artificial e a implementação de protocolos de segurança mais robustos para proteger infraestruturas críticas. Além disso, o governo britânico está colaborando com parceiros internacionais para compartilhar informações sobre ameaças cibernéticas e coordenar respostas conjuntas. Essas parcerias são essenciais para enfrentar a natureza transfronteiriça dos ataques cibernéticos e garantir uma segurança cibernética global mais eficaz.
O aumento dos gastos com defesa do Reino Unido para 2,6% do PIB até 2027 demonstra o compromisso do país em combater essas ameaças, enfatizando uma nova Parceria de Segurança e Defesa Reino Unido-UE.