A descoberta de 230 novos vírus gigantes nos oceanos do mundo expande nossa compreensão dos ecossistemas marinhos e oferece potencial para o gerenciamento de florações de algas nocivas. Esta pesquisa destaca a importância de estudar o mundo invisível dos vírus, que podem impactar tudo, desde a saúde da vida marinha até a qualidade da nossa água.
Cientistas analisaram dados de sequenciamento de DNA de nove projetos globais de amostragem oceânica, identificando uma diversidade de vírus gigantes. Esses vírus, caracterizados por seu tamanho grande ou pelo número de proteínas codificadas em seus genomas, desempenham um papel crucial nos ecossistemas marinhos. Eles infectam organismos como algas e amebas, influenciando a base da teia alimentar oceânica.
O estudo utilizou uma nova ferramenta bioinformática chamada BEREN, projetada para identificar genomas de vírus gigantes em grandes conjuntos de dados. Essa ferramenta permitiu que os pesquisadores superassem as limitações dos métodos anteriores e descobrissem a diversidade oculta desses vírus. Os pesquisadores também identificaram 530 proteínas funcionais previamente desconhecidas, incluindo nove envolvidas na fotossíntese.
A capacidade de alguns desses vírus de manipular a fotossíntese sugere uma interação complexa entre vírus e seus hospedeiros. Esta pesquisa ressalta a necessidade de entender o papel dos vírus nos ambientes marinhos. Essa compreensão pode levar a uma melhor previsão e gerenciamento de florações de algas nocivas, que podem impactar negativamente a saúde humana.
Esta descoberta é significativa porque revela a biodiversidade oculta em nossos oceanos. Ela fornece uma estrutura valiosa para monitorar a poluição e patógenos em nossos cursos d'água. A pesquisa também destaca o poder de ferramentas computacionais avançadas na descoberta dos segredos do mundo microscópico, o que é vital para entender e proteger nosso planeta.