Cânion do Peruaçu: Uma Análise Econômica do Novo Patrimônio Mundial da UNESCO

A recente designação do Cânion do Peruaçu como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, em 13 de julho de 2025, representa um marco significativo não apenas para a conservação ambiental, mas também para a economia da região norte de Minas Gerais. A inclusão nesta prestigiada lista pode impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar empregos, transformando o panorama econômico local. Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que a declaração de um local como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO pode aumentar o fluxo turístico em até 20% nos primeiros cinco anos. No caso do Peruaçu, espera-se que esse aumento se traduza em uma injeção de capital significativa na economia local, através do aumento da demanda por serviços como hospedagem, alimentação, transporte e atividades de ecoturismo. Além do turismo, a designação da UNESCO pode atrair investimentos em infraestrutura e projetos de desenvolvimento sustentável. Empresas e investidores podem se sentir mais atraídos a investir na região, impulsionados pela chancela da UNESCO e pela crescente visibilidade do Peruaçu no cenário internacional. Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a região de Minas Gerais atraiu cerca de US$ 2,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos no último ano, e a expectativa é que esse número aumente com a inclusão do Peruaçu na lista da UNESCO. No entanto, é crucial que o desenvolvimento econômico seja acompanhado de medidas de proteção ambiental e social. A exploração descontrolada do turismo e a falta de planejamento adequado podem comprometer a integridade do ecossistema e a qualidade de vida das comunidades locais. É fundamental que o governo, as empresas e a sociedade civil trabalhem em conjunto para garantir que o desenvolvimento do Peruaçu seja sustentável e beneficie a todos. A designação do Cânion do Peruaçu como Patrimônio Mundial da UNESCO representa uma oportunidade única para impulsionar a economia local, atrair investimentos e gerar empregos. No entanto, é fundamental que esse desenvolvimento seja acompanhado de medidas de proteção ambiental e social, para garantir que o Peruaçu continue a ser um tesouro natural e cultural para as futuras gerações.