Vício em Smartphones: Diminuição da Atenção e Riscos à Saúde Mental
O uso generalizado de smartphones está impactando significativamente os períodos de atenção e a saúde mental, particularmente entre os jovens. Um estudo da Universidade da Califórnia revela que os períodos de atenção caíram de 2,5 minutos em 2003 para apenas 47 segundos em 2023, correlacionando-se com o aumento do tempo de tela. Esse declínio, impulsionado por algoritmos projetados para capturar a atenção, leva à diminuição do foco, aumento do estresse e fadiga mental.
A nomofobia, o medo de ficar sem um telefone celular, destaca a natureza viciante dos smartphones. Esse vício desencadeia a liberação de dopamina por meio da leitura rápida e verificação constante, espelhando os efeitos de outros vícios. O uso noturno de smartphones está ligado à menor duração do sono e ao aumento do sofrimento psicológico, exacerbando problemas como o cyberbullying entre crianças.
O consultor de neurologia Arif Shukralla adverte que o uso excessivo de mídias sociais e jogos dificulta o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico. Ele enfatiza que a falta de raciocínio dedutivo pode levar ao declínio cognitivo a longo prazo. Chris Hayes, autor de "The Sirens' Call", argumenta que a pilhagem da atenção representa uma ameaça à autonomia e ao bem-estar humanos, e insta os indivíduos a retomar o controle sobre seu foco e livre arbítrio.