A recente proibição da Tailândia à punição corporal em escolas e lares levanta questões importantes sobre como os consumidores tailandeses percebem e reagem a essa mudança. A proibição, que entrou em vigor em março de 2025, alinha a Tailândia com os padrões internacionais de direitos da criança, mas também exige uma mudança cultural significativa. Para os consumidores tailandeses, a proibição da punição corporal apresenta tanto desafios quanto oportunidades. Por um lado, muitos pais tailandeses foram criados em uma cultura onde a punição física era uma forma aceitável de disciplina. Uma pesquisa de 2022 do Departamento Nacional de Estatísticas revelou que 54% das crianças tailandesas menores de 14 anos foram submetidas a punição física ou psicológica em casa, embora isso represente uma diminuição em relação aos 75% em 2005. Mudar essa mentalidade exigirá educação e apoio significativos. A UNICEF Tailândia enfatizou a necessidade de campanhas educacionais adequadas, especialmente em contextos familiares, onde a força ainda é amplamente vista como uma forma legítima de disciplina. Por outro lado, a proibição apresenta uma oportunidade para os consumidores tailandeses adotarem métodos de disciplina mais positivos e eficazes. Isso pode levar a relacionamentos mais fortes entre pais e filhos, bem como a melhores resultados para as crianças a longo prazo. Além disso, a proibição pode criar um mercado para novos produtos e serviços que apoiem a disciplina positiva, como livros, workshops e aconselhamento. Guillaume Rachou, Diretor Executivo da Save the Children Tailândia, afirmou que é preciso apoiar professores, pais, cuidadores e todos os adultos que entram em contato com crianças para ajudá-los a adotar práticas disciplinares positivas. O sucesso da proibição dependerá, em última análise, de como os consumidores tailandeses a abraçam. Se os pais estiverem dispostos a aprender novas habilidades e adotar abordagens mais positivas, a proibição poderá ter um impacto profundo no bem-estar das crianças tailandesas. No entanto, se houver resistência generalizada à mudança, a proibição poderá ser difícil de aplicar e poderá não atingir todo o seu potencial. A proibição também se alinha com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, enfatizando o direito da criança à proteção contra a punição corporal. Em conclusão, a proibição da punição corporal na Tailândia é uma mudança significativa que tem o potencial de melhorar a vida de muitas crianças tailandesas. No entanto, seu sucesso dependerá de como os consumidores tailandeses respondem a ela. Ao fornecer educação, apoio e recursos, o governo e as organizações da sociedade civil podem ajudar os pais a adotar métodos de disciplina mais positivos e criar um futuro melhor para seus filhos.
O Impacto do Banimento da Punição Corporal na Tailândia: Uma Análise do Consumidor
Editado por: Anna 🌎 Krasko
Fontes
Bangkok Post
UNICEF applauds passage of amendment to ban corporal punishment against children in Thailand
Law ends loophole on child beating
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