A Pesquisa Pioneira de Brenda Milner sobre Memória: O Caso do Paciente H.M. e a Universidade McGill

Editado por: Maria Sagir🐬 Mariamarina0506

O trabalho inovador de Brenda Milner em neurociência e psicologia cognitiva, particularmente seus estudos do paciente Henry Molaison (H.M.) na Universidade McGill, revolucionou a compreensão dos sistemas de memória. H.M., que sofreu amnésia grave após uma cirurgia cerebral em 1953 com o objetivo de controlar a epilepsia, tornou-se um estudo de caso fundamental.

Milner, professora da Universidade McGill, é considerada uma fundadora da neuropsicologia clínica e da neurociência cognitiva. A cirurgia de H.M. resultou em amnésia anterógrada, impedindo-o de formar novas memórias de longo prazo. No entanto, ele ainda conseguia se lembrar de algumas memórias de antes da cirurgia.

Apesar de sua incapacidade de formar novas memórias declarativas, Milner descobriu que H.M. podia aprender habilidades motoras, como desenho no espelho, sem se lembrar conscientemente do processo de aprendizagem. Essa descoberta levou ao conceito de múltiplos sistemas de memória dentro do cérebro.

A pesquisa de Milner demonstrou que diferentes tipos de memória dependem de distintas estruturas cerebrais. O caso de H.M. destacou o papel crítico do hipocampo na formação de novas memórias de longo prazo. Seu trabalho introduziu a ideia de que a memória não é uma função única e unificada, mas uma coleção de sistemas, incluindo memória de trabalho, processual, episódica e semântica.

As ideias de Milner impactaram profundamente a compreensão da função cerebral e da memória, influenciando pesquisas internacionalmente. Seu trabalho mostrou que o lobo temporal medial, incluindo o hipocampo, é crucial para a formação de memórias de longo prazo.

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