Em outubro de 2023, o presidente russo Vladimir Putin participou da terceira edição do Fórum da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) em Pequim, onde se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping. Este evento, que contou com a presença de líderes de mais de 130 países, marcou o décimo aniversário da BRI, uma iniciativa que busca expandir a influência econômica e diplomática da China por meio de investimentos em infraestrutura.
A ausência de mulheres em posições de liderança durante o fórum destaca uma tendência persistente na política internacional, onde figuras masculinas dominam as esferas de decisão. A falta de diversidade de gênero em eventos de alto nível levanta questões sobre quais perspectivas estão sendo deixadas de fora e como isso pode afetar as decisões tomadas. Estudos indicam que a inclusão de mulheres em processos de paz e negociações diplomáticas pode levar a resultados mais sustentáveis e inclusivos.
Além disso, a análise de gênero pode revelar como as políticas e ações desses líderes afetam desproporcionalmente as mulheres e meninas em todo o mundo. Por exemplo, as políticas comerciais e econômicas podem ter impactos diferentes em homens e mulheres, e os conflitos armados muitas vezes resultam em violência sexual e deslocamento de mulheres e crianças. É crucial considerar como as decisões tomadas em fóruns internacionais podem exacerbar ou mitigar essas desigualdades.
Em um contexto mais amplo, é importante questionar se as ações e declarações dos líderes presentes no fórum promovem a igualdade e o respeito pelos direitos das mulheres. A análise de gênero oferece uma lente crítica para avaliar como as dinâmicas de poder e as decisões políticas podem perpetuar estereótipos e normas culturais prejudiciais, reforçando desigualdades existentes.
Ao refletir sobre a cúpula de Pequim sob uma perspectiva de gênero, podemos identificar áreas onde a inclusão e a diversidade podem ser melhoradas, trabalhando para um mundo mais igualitário e inclusivo.