A China aprovou a construção de uma usina hidrelétrica de grande porte no sul do Tibete, projetada para gerar uma quantidade significativa de eletricidade anualmente, superando a capacidade da atual maior usina hidrelétrica, a Usina das Três Gargantas. Este projeto visa impulsionar as metas de neutralidade de carbono da China e estimular o desenvolvimento econômico na região.
O local escolhido para a construção apresenta desafios geológicos, incluindo uma queda acentuada do rio Yarlung Tsangpo, o que oferece grande potencial hidrelétrico, mas também apresenta riscos sísmicos. Um terremoto de magnitude 6,8 ocorrido na região em janeiro de 2025 causou danos a estruturas hidrelétricas existentes, destacando a necessidade de considerar esses riscos no planejamento de novos projetos.
Especialistas alertam que a construção de grandes usinas hidrelétricas em áreas sísmicas pode aumentar o risco de desastres naturais, como deslizamentos de terra e inundações. Além disso, há preocupações sobre os impactos ambientais e sociais, incluindo o possível deslocamento de comunidades locais e a perda de terras agrícolas. É essencial que o governo chinês implemente políticas de compensação justas e programas de apoio para garantir que as comunidades afetadas se beneficiem do projeto.
O sucesso econômico a longo prazo da usina dependerá de sua capacidade de gerar energia de forma eficiente e sustentável, minimizando os impactos ambientais e sociais. A diversificação das fontes de energia, incluindo solar e eólica, pode ser uma estratégia mais resiliente a longo prazo, complementando a geração hidrelétrica e contribuindo para uma matriz energética mais equilibrada.