Astrônomos observaram um buraco negro supermassivo, PG1211+143, devorando matéria a uma velocidade sem precedentes e expelindo o excesso de material a quase um terço da velocidade da luz. Este evento notável, ocorrendo em uma galáxia Seyfert a 1,2 bilhão de anos-luz de distância, oferece informações valiosas sobre o comportamento desses gigantes cósmicos.
Usando a espaçonave XMM-Newton da Agência Espacial Europeia, os pesquisadores rastrearam a atividade do buraco negro. Eles observaram um influxo de matéria equivalente a 10 massas terrestres alimentando o buraco negro em apenas cinco semanas. Esse material formou um disco de acreção, do qual o buraco negro extrai sua sustentação.
O buraco negro, com uma massa 40 milhões de vezes maior que a do Sol, não conseguiu consumir todo o material que entrava. Isso resultou em fluxos de alta velocidade, viajando a aproximadamente 290 milhões de quilômetros por hora. Esses fluxos, seguindo o influxo, aqueceram o material circundante, gerando pressão de radiação que empurrou o excesso de matéria para longe. Esta pesquisa, publicada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), lança luz sobre como os buracos negros influenciam a evolução galáctica.