O álbum 'Yanga', da compositora mexicana Gabriela Ortiz, foi lançado em 18 de julho de 2025, em colaboração com a Filarmônica de Los Angeles e o maestro Gustavo Dudamel. A obra apresenta o concerto para violoncelo 'Dzonot', inspirado nos cenotes da Península de Yucatán, e 'Seis piezas a Violeta', um arranjo de 2023 para orquestra de cordas e piano. 'Yanga' está disponível em plataformas de streaming, como a Apple Music.
O título 'Yanga' faz referência a Gaspar Yanga, um príncipe africano escravizado no século XVI que liderou uma revolta e fundou uma das primeiras comunidades livres de escravos nas Américas, perto de Veracruz. A escolha de Ortiz em homenagear essa figura histórica levanta questões éticas sobre a responsabilidade dos artistas em dar voz a histórias de resistência e opressão.
A colaboração com a Filarmônica de Los Angeles, uma instituição culturalmente influente, também levanta questões sobre o acesso e a representação de artistas latino-americanos no cenário da música clássica. Segundo a NPR, Ortiz expressou que é mais difícil entrar no mundo da música de concerto sendo mulher e latino-americana.
Em última análise, o álbum 'Yanga' de Gabriela Ortiz não é apenas uma obra de arte, mas também um convite à reflexão ética sobre o papel da música na promoção da justiça social, na preservação da memória histórica e no reconhecimento da diversidade cultural. A obra de Ortiz demonstra o poder da arte em desafiar narrativas dominantes e inspirar um mundo mais justo e equitativo.