A indústria de falsificações da China está ganhando atenção em plataformas de mídia social como o TikTok, gerando discussões sobre imitações de luxo e o verdadeiro custo de produtos de alta qualidade. Essa tendência, apelidada de 'guerra comercial do TikTok', destaca a disponibilidade de alternativas mais baratas e questiona o valor percebido das marcas de luxo.
Vídeos virais sugerem que itens de luxo podem ser fabricados na China a custos significativamente mais baixos. Por exemplo, um vídeo alegou que uma bolsa Hermès Birkin custa cerca de US$ 1.400 para produzir, uma fração de seu preço de varejo. Embora algumas marcas de luxo colaborem com fabricantes chineses, a maioria restringe a produção à Europa. Plataformas como o Douyin apresentam vendedores promovendo imitações de marcas como Max Mara, Burberry e Hermès.
Apesar das repressões, produtos de luxo falsificados permanecem acessíveis na China por meio de termos de pesquisa específicos. O DHgate, um mercado chinês de comércio eletrônico, ganhou popularidade nos EUA, oferecendo uma ampla gama de produtos fabricados na China. Especialistas alertam que comprar diretamente dessas fontes pode expor os consumidores a produtos falsificados. A alfândega dos EUA apreendeu US$ 1,8 bilhão em produtos falsos apenas em 2023.
Essa tendência gerou um debate sobre as diferenças de preços e a qualidade do produto, com alguns criadores do TikTok argumentando que a fabricação chinesa pode atender a altos padrões. No entanto, especialistas alertam que muitos desses vídeos promovem produtos falsificados, não itens de luxo autênticos. Algumas marcas de luxo, como Louis Vuitton, negam a fabricação na China, enquanto outras, como Lululemon, reconhecem a produção limitada no país.