No Japão, em 2025, pesquisadores do Centro RIKEN para a Ciência do Cérebro (CBS) fizeram uma descoberta importante na compreensão de como o cérebro simplifica informações sensoriais complexas. Taro Toyoizumi e Kensuke Yoshida desenvolveram um modelo biologicamente realista, inspirado no cérebro da mosca-da-fruta, que pode revolucionar a forma como abordamos a inteligência artificial e o processamento de dados.
O cérebro humano é constantemente bombardeado com informações de nossos sentidos. Para evitar a sobrecarga, ele simplifica esses dados, reduzindo sua dimensionalidade. Este novo modelo imita esse processo, usando um algoritmo de incorporação estocástica de vizinhos t (t-SNE) adaptado para refletir as redes neurais biológicas.
O modelo, consistindo em três camadas que espelham grupos de neurônios no cérebro da mosca, replicou com sucesso como as moscas-da-fruta processam os cheiros. Ele também incorpora a plasticidade hebbiana dependente de dopamina, um elemento-chave na forma como o cérebro fortalece as conexões entre os neurônios. Essa descoberta pode levar a sistemas de IA mais eficientes e versáteis, capazes de lidar com dados complexos com maior facilidade.
"O t-SNE original não é biologicamente plausível - é um método de engenharia em vez de uma rede neural", explicou Toyoizumi. "Reescrevemos o algoritmo para que ele imitasse uma rede neural biológica." A equipe agora está procurando aplicar seu modelo a sistemas mais complexos, sugerindo possibilidades empolgantes para o futuro da IA e da neurociência.