Pesquisadores de Pittsburgh imprimem em 3D estruturas de colágeno para revolucionar a engenharia de tecidos

Edited by: Vera Mo

Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh revelaram uma plataforma inovadora de engenharia de tecidos. Usando estruturas de colágeno impressas em 3D, apelidadas de CHIPS, eles estão revolucionando a forma como os tecidos são cultivados e estudados. Esta inovação, anunciada em abril de 2025, tem um imenso potencial para modelagem de doenças e testes de medicamentos.

A plataforma CHIPS imita ambientes celulares naturais, permitindo que as células cresçam, interajam e formem tecidos funcionais. Isso marca um avanço significativo em relação aos modelos microfluídicos tradicionais baseados em silicone. Os designs estão disponíveis gratuitamente, promovendo uma inovação científica mais ampla.

Daniel Shiwarski, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, desenvolveu o CHIPS. Essas estruturas à base de colágeno se integram a um reator vascular e de perfusão de órgão em chip. Isso cria uma plataforma completa de engenharia de tecidos que simula de perto um ambiente celular real.

Ao contrário dos dispositivos microfluídicos sintéticos, essas estruturas são construídas inteiramente de colágeno. As células podem interagir com o modelo, auto-organizando-se em tecidos funcionais. A equipe demonstrou isso combinando colágeno com células vasculares e pancreáticas, provocando a secreção de insulina em resposta à glicose.

A equipe também demonstrou a capacidade de criar redes 3D não planares em material orgânico macio. Eles imprimiram redes vasculares helicoidais modeladas a partir da estrutura do DNA. Isso permite modelos de tecido mais complexos e realistas.

A equipe de Shiwarski pretende usar esta plataforma para estudar doenças vasculares, como hipertensão e fibrose. O objetivo final é substituir os modelos animais por sistemas mais precisos, baseados em humanos. Esta nova abordagem preenche a lacuna entre os modelos 2D simplificados e os estudos em animais.

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