Remendo cardíaco impresso em 3D mostra-se promissor

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Biomédica de Bellvitge (IDIBELL) criaram um remendo cardíaco vascularizado que sobrevive e bate por pelo menos um mês após a implantação em um modelo animal. Tentativas anteriores de regenerar tecido cardíaco com remendos cultivados in vivo falharam devido à falta de vascularização, causando a morte das células logo após a implantação. No entanto, os pesquisadores combinaram duas bio-tintas diferentes, uma com microfragmentos vasculares e outra com cardiomiócitos, para incorporar pequenos vasos diretamente na estrutura do remendo usando bioimpressão 3D. A inclusão desta rede vascular foi fundamental para o seu sucesso, permitindo que o tecido bioimpresso se integrasse ao sistema circulatório do hospedeiro, permitindo a batida e prevenindo a necrose por pelo menos um mês, superando em muito os limites de sobrevivência anteriores. O remendo não apenas bate, mas também amadurece e cresce dentro do animal. Os pesquisadores observaram e registraram como o miocárdio gera novos vasos sanguíneos e mantém a funcionalidade após um mês. O próximo passo é traduzir esses avanços para modelos animais maiores, com ensaios em porcos planejados para setembro. Os pesquisadores estão confiantes de que essa abordagem bioimpressa pode revolucionar o tratamento de insuficiência cardíaca e ataques cardíacos, fornecendo remendos reais capazes de restaurar a função cardíaca além dos tratamentos atuais. Este avanço baseia-se em pesquisas recentes sobre remendos cardíacos vascularizados, destacando seu potencial para a regeneração miocárdica e a melhora da função cardíaca após um ataque cardíaco.