Memória Muscular: Registro em Nível de Proteína do Treinamento de Resistência
Uma nova pesquisa da Universidade de Jyväskylä, publicada no Journal of Physiology, fornece uma explicação molecular para a memória muscular. O estudo revela que o tecido muscular retém um registro detalhado do treinamento de resistência em nível de proteína, oferecendo insights sobre como os músculos recuperam rapidamente força e tamanho após a inatividade.
Pesquisadores analisaram mais de 3.000 proteínas musculares usando espectrometria de massa para rastrear mudanças durante o treinamento, destreinamento e retreinamento. O estudo, conforme relatado pela Universidade de Jyväskylä, identificou duas categorias de respostas proteicas: proteínas reversíveis ligadas ao metabolismo aeróbico e proteínas que exibem alterações persistentes, incluindo proteínas de ligação ao cálcio, como a calpaína-2.
O professor Juha Hulmi, da Faculdade de Ciências do Esporte e Saúde, afirmou: "Agora, pela primeira vez, mostramos que os músculos 'lembram' o treinamento de resistência anterior em nível de proteína por pelo menos dois meses e meio." Essas mudanças persistentes sugerem um mecanismo que prepara as células musculares para uma adaptação acelerada após o retreinamento. Essa "memória" proteômica persiste por mais de dois meses após o treinamento, de acordo com a Universidade de Jyväskylä.
As descobertas têm implicações para a compreensão da plasticidade muscular e o desenvolvimento de intervenções para condições de perda muscular. A pesquisa faz parte de um projeto de pesquisa TraDeRe maior, financiado pelo Conselho de Pesquisa da Finlândia. O estudo destaca o potencial de mudanças proteicas de longo prazo no músculo esquelético e demonstra uma memória proteômica do crescimento muscular após o treinamento de resistência.