Um novo estudo propõe que o 'Ídolo' de Cádis, um monumento destruído em 1145, pode ter sido um cenotáfio erguido por Juba II, rei da Mauritânia, em memória de seu pai, Juba I, o rei numídio. A pesquisa, liderada pelo professor Manuel Álvarez Martí-Aguilar da Universidade de Málaga (UMA), sugere que o monumento serviu como uma estrutura comemorativa e possivelmente como uma referência visual para a navegação atlântica.
O estudo, publicado em 7 de maio de 2025, analisou tradições literárias árabes juntamente com evidências textuais e iconográficas romanas. Essa abordagem comparativa indica que o 'Ídolo', que antes estava localizado na ilha de Gades, provavelmente era um cenotáfio com uma estátua de Juba I. Isso coloca o monumento dentro da tradição dos monumentos funerários reais numídios.
A reinterpretação destaca as conexões culturais e políticas entre a Hispânia e o norte da África durante o Império Romano. Também sugere que o cenotáfio pode ter apoiado as atividades econômicas de Juba II na costa atlântica do norte da África e celebrado a identidade numídia dentro do mundo romano. A pesquisa abre caminhos para a compreensão da memória real numídia e da paisagem histórica de Cádis.