Pesquisas recentes sugerem que a Terra e a Via Láctea podem estar localizadas dentro de um vasto vazio cósmico. Isso poderia potencialmente explicar a tensão de Hubble, a discrepância nas medições da taxa de expansão do universo.
A tensão de Hubble decorre de valores diferentes da constante de Hubble (H₀). As medições locais mostram uma taxa de expansão mais alta do que as medições globais a partir da radiação cósmica de fundo (CMB).
Um vazio local, aproximadamente a 300 megaparsecs da Terra, com uma densidade de matéria mais baixa, poderia influenciar a taxa de expansão local. Efeitos gravitacionais dentro desse vazio poderiam acelerar o afastamento das galáxias.
A pesquisa do Dr. Indranil Banik apoia essa hipótese. Seus achados, apresentados na Reunião Nacional de Astronomia da Sociedade Astronômica Real (NAM 2025), sugerem que as oscilações acústicas de bárions (BAOs) apoiam a existência de um vazio local. Essas ondas sonoras primordiais atuam como uma régua padrão para medir a expansão cósmica.
Embora promissora, a hipótese do vazio local ainda está em debate. Mais pesquisas e dados são necessários para validar suas implicações para a cosmologia. Explicações alternativas, como modificações em nossa compreensão da energia escura ou da gravidade, também estão sendo exploradas.