Observações usando o Telescópio Espacial James Webb (JWST) indicam que fortes campos magnéticos no centro da Via Láctea estão inibindo a formação de estrelas, apesar da presença abundante de gás e poeira. Este estudo se concentra na Zona Molecular Central (CMZ), uma região conhecida por sua alta concentração de materiais de formação de estrelas, mas que exibe uma taxa de natalidade estelar surpreendentemente baixa.
Pela primeira vez, os cientistas observaram diretamente o papel significativo que os poderosos campos magnéticos desempenham na supressão da formação de estrelas nesta região. As descobertas combinam dados do JWST e do radiotelescópio MeerKAT, revelando nuvens de poeira interestelar e faixas de gás esculpidas por campos magnéticos ao redor de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea. Esses campos magnéticos parecem ser fortes o suficiente para neutralizar as forças gravitacionais que normalmente fariam com que o gás e a poeira colapsassem e formassem novas estrelas.