Um novo estudo desafia a linha do tempo para o surgimento da vida na Terra, sugerindo que os oceanos primitivos do planeta eram ácidos demais para suportar a vida até cerca de 4 bilhões de anos atrás. Pesquisadores da Universidade de Yale modelaram a evolução do pH oceânico e descobriram que altos níveis de dióxido de carbono e águas quentes ricas em magnésio mantinham os oceanos com um pH de cerca de 5,0. Essa acidez teria dificultado a formação de moléculas orgânicas necessárias para a vida. Os oceanos só atingiram um pH neutro adequado para a vida após o extenso intemperismo de silicatos do fundo do mar e protocontinentes, que absorveram o dióxido de carbono atmosférico. Essa descoberta potencialmente resolve um paradoxo com as estimativas do relógio molecular que colocam a origem da vida antes, sugerindo que a vida pode ter começado em ambientes menos ácidos, como fontes hidrotermais ou lagoas insulares. O estudo destaca a complexa interação entre a atmosfera, os oceanos, a crosta e o manto na formação da habitabilidade inicial da Terra.
Oceanos Primitivos da Terra: Ácidos Demais para a Vida Até 4 Bilhões de Anos Atrás, Aponta Estudo
Editado por: Inna Horoshkina One
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