Inovação na Luta contra Pitons Birmanesas na Flórida: Robôs Coelho Desenvolvidos pela Universidade da Flórida

Editado por: Olga Samsonova

A Universidade da Flórida (UF) desenvolveu uma abordagem inovadora para combater a invasão de pitons birmanesas nos Everglades: robôs em forma de coelho que imitam os movimentos e a temperatura corporal de um coelho-do-pântano, uma das presas favoritas das pitons. O objetivo é auxiliar os conservacionistas na localização e eliminação dessas espécies invasoras de forma ética e eficaz.

Este desenvolvimento baseia-se em mais de uma década de estudos científicos. A professora Chris Dutton, do departamento de ecologia da UF, projetou os robôs, substituindo o enchimento de um coelho de brinquedo por componentes eletrônicos alimentados por energia solar e controlados remotamente. Durante julho de 2025, esses robôs foram colocados em diferentes áreas do sul da Flórida para uma fase de teste, equipados com câmeras programadas para detectar o movimento de pitons e alertar os investigadores quando uma cobra se aproxima.

A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (FWC) estabeleceu diretrizes éticas para os métodos de abate de répteis invasores, incluindo a garantia de que o animal perca a consciência imediatamente e, em seguida, a destruição do cérebro para evitar que recupere a consciência. A invasão de pitons birmanesas na Flórida teve um impacto devastador na fauna local. Essas cobras, nativas do Sudeste Asiático, estabeleceram-se no Parque Nacional dos Everglades desde a década de 1980, após libertações acidentais durante o furacão Andrew. Desde então, expandiram seu território para norte e para áreas perto do Lago Okeechobee, agravando a ameaça ao ecossistema regional.

Organizações como a PETA expressaram preocupação com métodos de abate que possam causar sofrimento aos animais, instando os funcionários a limitarem os métodos de abate a pistolas de dardo cativo ou armas de fogo. Esses esforços combinados refletem um compromisso contínuo em proteger o ecossistema dos Everglades e restaurar o equilíbrio ecológico afetado pela invasão das pitons. A gestão ética das espécies invasoras é crucial, considerando não só o impacto ambiental, mas também o bem-estar dos animais envolvidos. Algumas soluções éticas incluem a captura e libertação das pitons de volta ao seu habitat nativo, onde estão ameaçadas devido à sobre-exploração. Além disso, a utilização de métodos de abate mais humanos, como armas de fogo ou pistolas de dardo cativo, é incentivada para minimizar o sofrimento dos animais.

Fontes

  • La Nacion

  • Reuters

  • U.S. Geological Survey

  • Axios

  • Axios

  • Time

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