Uma lula colossal juvenil, *Mesonychoteuthis hamiltoni*, foi filmada em seu habitat natural pela primeira vez. As imagens foram capturadas a uma profundidade de 600 metros em águas antárticas pelo veículo operado remotamente (ROV) SuBastian. Isso marca um momento significativo na compreensão dessas criaturas esquivas.
A lula colossal, também conhecida como lula-cabeçuda antártica ou lula gigante, pode crescer até 10-14 metros de comprimento. Elas podem pesar entre 500 e 700 kg, tornando-as o invertebrado mais pesado do planeta. Pouco se sabe sobre seu ciclo de vida, tornando esta filmagem inestimável.
Pesquisadores da Auckland University of Technology e da University of Essex expressaram entusiasmo com a descoberta. Eles destacaram que, durante anos, os encontros com lulas colossais se limitaram a restos de presas em estômagos de baleias e aves marinhas. O Schmidt Ocean Institute também relatou ter filmado a lula de vidro glacial (*Galiteuthis glacialis*) no Oceano Antártico, outro avistamento raro.
Especialistas diferenciam a lula colossal de *Galiteuthis glacialis* pelos ganchos em seus braços. Ambas as espécies compartilham corpos transparentes semelhantes e ganchos afiados em seus tentáculos quando jovens. Esses avistamentos consecutivos ressaltam o quanto permanece desconhecido sobre os habitantes do Oceano Antártico.