Em julho de 2025, o mercado financeiro observou o ressurgimento das chamadas 'meme stocks', com empresas como Kohl's, Opendoor Technologies, Krispy Kreme, GoPro e Beyond Meat apresentando oscilações significativas em seus preços. Esse fenômeno, reminiscente dos ralis de 2021, reacende o debate sobre o impacto das redes sociais e dos investidores de varejo na dinâmica do mercado.
O recente aumento nas ações da Opendoor Technologies, que viu suas ações dispararem quase 500% em apenas um mês, ilustra o potencial de ganhos rápidos, mas também os riscos inerentes a esse tipo de investimento. A Kohl's também experimentou um aumento notável, com suas ações dobrando intraday antes de se estabilizarem em um nível ainda elevado. Quase 50% de seu 'float' está vendido a descoberto, tornando-o um alvo principal para a dinâmica de 'short squeeze'.
No entanto, para as empresas, essa volatilidade pode representar tanto um desafio quanto uma oportunidade. De acordo com especialistas, as empresas que se tornam 'meme stocks' podem aproveitar o aumento do interesse para fortalecer seu balanço patrimonial, emitindo novas ações ou refinanciando dívidas em condições mais favoráveis. No entanto, essa estratégia exige uma gestão cuidadosa, pois a euforia do mercado pode ser passageira e a reputação da empresa pode ser prejudicada se os investidores se sentirem explorados.
Além disso, o fenômeno das 'meme stocks' pode influenciar as estratégias de negócios das empresas. Algumas podem optar por se envolver mais ativamente com as comunidades online que impulsionam seus preços, buscando construir um relacionamento mais forte com seus clientes e investidores. Outras podem preferir manter distância, concentrando-se em seus fundamentos e evitando a especulação excessiva.
O governo de Portugal está a auditar um contrato do banco central devido a riscos reportados. A chave para o sucesso, tanto para investidores quanto para empresas, é a análise cuidadosa e a tomada de decisões informadas, em vez de seguir cegamente as tendências do mercado.