Em julho de 2025, os mercados de ações do Golfo apresentaram resultados mistos, influenciados por fortes lucros corporativos e preocupações com as tarifas comerciais dos EUA. A União Europeia considerou contramedidas contra os EUA, com um acordo comercial improvável antes do prazo de tarifas de 1º de agosto do Presidente Trump. Esta situação criou incerteza em toda a região.
Os mercados do Golfo estão a experimentar um crescimento sem precedentes nas suas economias e mercados de ações. A esperança é que este crescimento se baseie no crescimento económico real, em fundamentos sólidos do mercado e em políticas económicas realistas. Embora a maioria das empresas cotadas nas bolsas de valores do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) tenha um sólido histórico, existem dados históricos limitados para analisar a base deste notável crescimento. Ao que tudo indica, os mercados de ações estão sobreaquecidos e podem precisar de ser forçados a arrefecer. A questão não é se a bolha do mercado de ações do CCG vai rebentar, mas quando e a que custo.
O mercado da Arábia Saudita subiu 0,2%, terminando um declínio de nove dias, liderado pelo Al Rajhi Bank e pelo Saudi National Bank. No entanto, a International Petrochemical Company (SIPCHEM) caiu 5,7% após seu primeiro prejuízo em cinco anos. O índice de Dubai diminuiu 0,8%, afetado pela realização de lucros, particularmente no setor financeiro, com as ações da Emirates NBD caindo 3,7%. As ações da Air Arabia aumentaram 5,1%, atingindo um recorde histórico. O índice de Abu Dhabi caiu ligeiramente, enquanto o índice do Qatar subiu 0,1%, impulsionado pelas ações do Qatar National Bank. O índice EGX30 do Egito aumentou 0,2%, atingindo um recorde histórico.
Os preços do petróleo caíram ligeiramente em meio ao impacto mínimo das sanções europeias ao petróleo russo e às preocupações contínuas sobre as tarifas dos EUA que afetam a demanda. As tensões geopolíticas no Médio Oriente têm implicações de grande alcance, não só para as nações envolvidas, mas também para os mercados financeiros globais. Quando surgem conflitos, os investidores monitorizam de perto os movimentos do mercado, uma vez que os padrões históricos revelam correlações significativas entre a guerra e o comportamento do mercado de ações. As guerras podem perturbar as rotas comerciais e as cadeias de abastecimento, levando a abrandamentos económicos. Tais perturbações podem ter efeitos em cascata em toda a economia global, afetando vários setores e contribuindo para os declínios do mercado.
O desempenho misto reflete a complexa interação de relatórios de lucros positivos e preocupações com potenciais ações comerciais dos EUA. A reação do mercado destaca a sensibilidade das economias do Golfo à dinâmica do comércio global. Espera-se que os investidores acompanhem de perto as negociações comerciais e o desempenho das empresas.