A Câmara do Texas aprovou um projeto de lei polêmico que fornece fundos públicos para mensalidades de escolas particulares, marcando uma mudança significativa na política educacional. A legislação, aprovada após quase 11 horas de debate, estabelece contas de poupança educacional financiadas pelos contribuintes, oferecendo aos alunos elegíveis US$ 10.000 anuais para frequentar escolas particulares. Alunos com deficiência podem receber até US$ 30.000, enquanto alunos em educação domiciliar receberiam US$ 2.000.
O governador Greg Abbott saudou o projeto de lei como uma vitória para a escolha dos pais, enquanto os democratas o criticaram como "bem-estar para os ricos", temendo que drenasse fundos das escolas públicas. O projeto de lei foi aprovado com uma votação de 85-63, refletindo uma divisão partidária, com dois republicanos se juntando aos democratas na oposição. Esta é a primeira vez desde 1957 que a Câmara do Texas aprova fundos estaduais para a educação privada.
A Câmara também aprovou um projeto de lei para injetar US$ 9 bilhões em novos fundos nas escolas públicas, incluindo um aumento de US$ 395 na alocação básica para os distritos escolares. Quarenta por cento desse novo financiamento são destinados a aumentos salariais de professores. No entanto, os democratas argumentam que o estado ainda subfinancia a educação pública em comparação com outros estados, enquanto os distritos escolares locais enfrentam déficits orçamentários devido à inflação e à diminuição da matrícula.
O ex-presidente Trump manifestou seu apoio ao projeto de lei de escolha da escola, parabenizando os líderes do Texas por sua aprovação. O projeto de lei agora segue para o Senado do Texas para consideração. O debate destaca a tensão contínua entre o apoio à educação privada e o financiamento adequado das escolas públicas no Texas.