As experiências de quase-morte (EQMs) têm sido consistentemente descritas ao longo da história, oferecendo insights sobre a consciência humana e a percepção da morte. Essas experiências podem ser agradáveis ou angustiantes, resultando em impactos psicológicos significativos nos indivíduos que as vivenciam.
Estudos indicam que, após uma EQM, é comum uma reavaliação de prioridades e valores, com aumento da espiritualidade, intuição e generosidade, além de diminuição do medo da morte. No entanto, também podem surgir efeitos negativos, como sensação de realidade alterada, angústia e dificuldades em integrar a experiência na vida cotidiana. Em casos mais graves, podem ocorrer transtornos como depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
É fundamental que os profissionais de saúde adotem uma abordagem empática ao lidar com pacientes que relatam EQMs. Recomenda-se escuta ativa, esclarecimento de que essas experiências são frequentes e geralmente não indicam problemas físicos ou mentais, e orientação sobre os possíveis impactos positivos e negativos. Além disso, é importante oferecer suporte psicológico adequado para auxiliar na integração da experiência e no enfrentamento de possíveis consequências adversas.
Compreender as EQMs e seus efeitos psicológicos é essencial para proporcionar um cuidado mais abrangente e compassivo aos pacientes, promovendo seu bem-estar emocional e auxiliando na adaptação às mudanças decorrentes dessas experiências.